15 abril 2012

JARDINS DAS CIDADES


Fez-se da terra uma imensa mancha cinzenta de betão e cimento tão impermeável que nada dela brota.
Os espaços verdes acabaram por resumir-se a uma dúzia de locais que classificámos como reservas parques jardins ou baldios. 
Aproveitar os terraços comunitários de edifícios públicos ou privados começa agora a surgir para combater esta paisagem urbana que mais se parece com um latão onde estamos todos enlatados.
"Nas últimas décadas arquitectos construtores e responsáveis pelo planeamento urbano começaram a optar pelas coberturas ajardinadas não pela sua beleza, mas pela sua capacidade de atenuar as condições ambientais extremas, características das coberturas vulgares." National Geographic
O que possibilitou esta nova forma de aproveitamento urbanístico deve-se na verdade às maravilhas da tecnologia. Novas formas de irrigação que permitem o escoamento e que suportam o crescimento das plantas  sem os típicos problemas da invasão das raízes.
Como funciona exactamente este processo?
A vegetação absorve a pluviosidade que encharca o solo que através de um tecido de filtração faz escoar o excesso de água para uma conduta de drenagem servindo de depósito de água para ser novamente distribuída às raízes. Claro que todo este solo precisa de um bom suporte que permita todo o equilíbrio desta construção. Isolamento e plataformas estruturais servem de base separando a cobertura ajardinada do edifício.
As cidades jardins recordam a importância de aproximar a natureza do contexto urbano aproveitando a energia solar e a chuva proporcionado-lhes continuidade biológica e ao mesmo tempo contribuir para a diminuição do efeito de estufa e do aquecimento global.
"Recuperam aquilo que é, no essencial, espaço negativo dentro da cidade e transformam-no numa cadeia de ilhas no topo das coberturas que estabelecem ligação ao campo no geral." National G.
EUA e Europa partilham já desta forma de pensamento.
A sede do Banco Mais na 24 de Julho em Lisboa é um dos exemplos mais recentes inaugurado em 2006.
Entre outros temos o Palácio de Belém o Centro de Documentação e Informação da Presidência da República a Torre Verde etc.
As coberturas ajardinada não resolvem todos os males mas certamente optimizam uma melhor eficiência energética que nos permite viver na cidade com alguma qualidade.

(Imagem retirada da Internet)

Fonte biliográfica_National Geographic Portugal Maio 2009

4 comentários:

  1. Estou a ver que gostaste do meu post (ACHO BEM!) :P, o Tiago Afonso a.k.a. "galinha", acho que o conheces (não sei?), está a acabar precisamente Design de Ambiente e quer-se especializar em jardins verticais, por graça e por acaso, encontrei um link de um curso que se vai realizar dentro em breve aqui em Portugal e passei-lho há coisa de 2 ou 3 dias. Se quiseres mais informação quando ele estiver por cá combino qualquer coisa com ele.

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  2. Fish and chips! Oh nês, conheço-te há décadas e só agora reparei numa coisa estranha, não usas vírgulas quando escreves. P.S: da próxima vez que quiseres ter uma conversa de meia-noite, não me dês vinho do Porto, pela tua santa saúde.

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  3. é...deixei as vírgulas. mas já me disseram que é quase tão mau como tentar perceber chinês. lá terei que ceder aos meus "imensos" leitores...

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